domingo, 28 de fevereiro de 2016

Foram carros, foram motas

Será sempre a subir
Ao cimo de ti
Só para te sentir
Será do alto de mim
Que um corpo só
Exalta o seu fim

Miguel Esteves Cardoso, "Foram Cardos, Foram Prosas"

As mulheres americanas gostam de carros grandes: SUVs, carrinhas, etc. Nunca achei grande piada a esses carros. Quero um carro confortável, mas que também me dê uma boa experiência a conduzir. Por sorte, em 2005, quando andei à procura de carro, encontrei um carro usado, de 2000, que me agradou muito. Sim, podia ter comprado um carro novinho em folha, que me agradasse, mas carros novos são um péssimo investimento. Um carro é um bem utilitário e perde valor assim que o compramos, logo não acho que valha a pena comprar novo. E depois, ultimamente, têm aparecido por aí uns carros meio-feios, que não me agradam.

Então, dizia eu, encontrei um carro que tem transmissão manual (raro nos EUA) e o pacote desportivo, para além de ser muito agradável à vista porque nesse ano o design do modelo do meu carro foi mesmo sexy. Gosto muito de o conduzir e já estou tão habituada a ele que, quando outra pessoa o conduz, sinto o carro diferente. E é mesmo como diz a canção que o Miguel Esteves Cardoso escreveu para a Manuela Moura Guedes: o carro e eu somos um só corpo que exalta o seu fim.

Ontem fui visitar o Museu de Belas Artes -- não fui sozinha; fui muito bem acompanhada -- onde estão em exibição motas e carros construídos entre 1929 e 1940. Alguns deles nunca chegaram a ser comercializados por serem extremamente caros de produzir e não haver grande mercado para eles. Depois também havia a questão dos materiais, pois as matérias primas eram escassas especialmente por, na altura, serem canalizadas para o sector militar.

Aqui ficam umas fotos que vos dão uma ideia do que foi a exposição. Foi muito melhor ao vivo, garanto-vos...

Este carro pertenceu a Frank Lloyd Wright, que adorava esta cor. Dizia que a as linhas do carro e a sua cor combinavam com as casas que desenhava. 

Este carro foi o meu preferido: extremamente sensual ao vivo. 

Quero-te, carrinho...

Parece saída de um filme do Batman, mas foi construída em 1930 antes do Batman ter nascido (1939)...

Uma BMW: vem a meus braços!!! Beemmer forever... (Bimmer é para os carros.)

Se eu fosse uma cowgirl, serias tu o meu índio?

7 comentários:

  1. Um dia que venhas a Berlim, já sei aonde te vou levar:
    http://www.remise.de/

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    1. Olha que bom! Já tenho mais outra razão para ir. Não digas a ninguém, mas eu gosto muito de BMWs...

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    2. Já temos programa para um belo dia: fazemos de conta que queremos comprar um BMW, e vamos experimentá-los todos. :)

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  2. Em 2014 passei por Atlanta no fim do Verão. Na altura, tinham isto no HMAA:

    http://www.high.org/art/exhibitions/dream-cars.aspx

    Algumas viaturas são as mesmas, outras nem tanto. O HMAA tem vários polos de interesse. A exposição com os "bólides" foi o que me levou lá mas gastei bastante tempo a percorrer todo o pequeno espaço (mas quem me dera o MNAC em Lisboa ter algo parecido!!!). Quanto aos carros, na europa há exemplares tão ou mais interessantes de um ponto de vista estético ou técnico, mas com a pujança cultural das viaturas estado-unidenses acho que não.

    Destaque ainda para o nosso museu do Caramulo:

    http://www.museu-caramulo.net/

    Last but not least: muito obrigado pelas imagens!!!

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  3. Tenho ouvido tanta essa música. Quer a original cantada pela Manuela Moura Guedes quer a versão dos Amor Electro, que é bem boa também.

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    1. Foi por causa desta música que eu descobri os Amor Electro. Adoro! Comprei os álbuns deles que havia no iTunes e é uma das coisas que ouço mais frequentemente.

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