quinta-feira, 14 de maio de 2015

Sou vítima de fraude

Aqui há umas semanas, disse-vos que em Portugal eu sou uma vítima. Se calhar, vocês pensaram que eu estava a brincar. Não, não estava e é com muito desgosto que vos informo que fui vítima outra vez. Em 18 de Março de 2013, uma pessoa abriu uma conta na NOS com o meu nome e número de contribuinte. A conta foi aberta pelo telefone, o email de contacto na conta não é o meu, o número de telefone não é o meu, a casa onde o serviço foi ligado não é minha nem tem qualquer ligação a mim. No entanto, eu conheço a pessoa que fez isto. A dívida era de "€ 1439,65 (correspondendo € 950,18 a capital, € 128,85 a juros, € 76,50 a custas judiciais e € 284,12 a despesas administrativas), uma vez que o serviço foi prestado de acordo com as condições contratadas." Notem a palavra "contratadas" porque vai ser importante a seguir.

Na semana passada, a NOS enviou uma carta para o meu procurador em Portugal. A carta não foi registada e tinha data de 30/4/2014, ou seja, tinha um ano. Nessa carta, a NOS disse-me que iria penhorar uma propriedade que tenho em Portugal para liquidar a dívida. Telefonei à NOS para ver o que se tratava. Eu pensei que aquilo não fosse legítimo por causa da carta não ser registada e ter uma data tão antiga. O rapaz com quem falei aconselhou-me a escrever um email a explicar a situação, o que eu fiz. Telefonei outra vez, mas não consegui falar com a pessoa que investigava a situação. No email, eu disse que estava nos EUA e ela decidiu telefonar para o meu gabinete hoje às 5 da manhã, depois enviou-me outro email a dizer para eu os contactar por telefone.

Contacto outra vez por telefone e a rapariga com quem falo, não a investigadora, não sabe que eu estou nos EUA, não sabe nada do que eu escrevi no e-mail, não sabe que há uma diferença horária entre os EUA e Portugal--diz-me que a colega telefonou às 11 da manhã de Portugal, logo o contacto foi feito, a culpa é minha que não atendi. Quando se fala em produtividade em Portugal, é disto que se fala: pessoas que não têm o mínimo de bom senso. Com tanto desemprego, como é que se justifica que pessoas assim tenham emprego? Uma péssima alocação de recursos, ainda por cima isto não é uma actividade produtiva. Criar burocracia e corrigir erros processuais aumenta o PIB, mas não faz o país mais rico porque isso é feito à custa de tempo e da destruição de riqueza noutro lado.

Desta última conversa, o seguinte transpirou:

  • Não há contrato porque não há assinatura, a conta foi aberta por telefone--notem que na correspondência que me enviaram falaram em "condições contratadas". Eu pensei que os advogados tivessem mais cuidado com a língua, enganei-me.
  • É da minha responsabilidade garantir que o meu nome e o meu número de contribuinte não são usados de maneira fraudulenta--isto é para mim absolutamente encantador num país onde o próprio estado quer que todas as transacções comerciais sejam identificadas por números de contribuinte, ou seja, o nosso número de contribuinte é praticamente informação pública. Se isto não é o cúmulo da estupidez, não sei o que seja.
  • Ónus da prova: é da minha responsabilidade provar que eu não lhes telefonei a abrir a conta. Notem que eu vivo nos EUA!
  • O caso está nas mãos de um escritório de advogados. Eu não posso falar com nenhum dos advogados, apenas falo com as pessoas que atendem o telefone, porque para se falar com um advogado, é preciso ser-se advogado.

Neste processo falei com dois rapazes e uma rapariga por telefone. A rapariga foi de todos eles a menos compreensiva e constantemente dizia-me "Nós não sabemos que está nos EUA, não sabemos que nos disse que outra pessoa abriu a conta em seu nome, etc." Notem, novamente, que o nome de contacto na conta, à qual ela tem acesso, não é o meu e toda essa informação já tinha sido fornecida por mim por via de email, mas invocar um desconhecimento que não existe parece ser uma boa forma de se desculparem e me responsabilizarem. No entanto, eu invocar um desconhecimento meu da transacção, desconhecimento esse que realmente existe, não tem qualquer poder desculpador ou responsabilizador da NOS.

Foi o Ministério das Finanças que deu à NOS o nome do meu procurador, ou seja, Portugal é um país onde o próprio estado é cúmplice de fraude. Mas porque é que eu me surpreendo? Não é Portugal um país cujo estado aterroriza os cidadãos, como no caso das SCUT?

Estamos perto de eleições. Os políticos vão começar a falar de subsídios, impostos, incentivar os emigrantes a regressar, etc. Eu sou emigrante, estou a ser vítima de fraude em Portugal, estando a 7.690 Km daí. Acham mesmo que isto me dá vontade de regressar?

Caros políticos e governo de Portugal, tenham vergonha na cara. E caros gestores da NOS: nunca vi uma empresa tão mal gerida como o vossa.

Ah, e se vocês pensam que isto vai morrer uma morte serena comigo a pagar pela incompetência dos outros, enganem-se. Não pago nada...

43 comentários:

  1. O problema é que essa cultura empresarial não é exclusiva da NOS. É também a mesma de todos as outras empresas. Isto significa que a maior parte dos leitores não percebe bem o grau dessa incompetência por falta de base de comparação. Infelizmente são precisos muitos anos no estrangeiro para se começar a ver como todos esses detalhes são bastante perniciosos em Portugal.

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  2. As empresas de telecomunicações em Portugal (e não só), fazem o que querem. Veja-se o caso dos telemóveis bloqueados, que dois anos após o contrato, estão obrigadas por lei a desbloquear. E estão-se nas tintas. Vou lá e eles criam mil obstaculos, mandam de uma loja para a outra, etc etc.. Tenho N casos (e acredito que por esta altura, a maior parte dos portugueses também tenha) em que tenho razões de queixa de práticas abusivas por parte dessas empresas. Outro: fiz um contrato de 24 meses para ter ZON numa moradia adicional porque o comercial me disse que poderia cancelar o contrato ao fim de 3 meses (uma vez que era um segundo contrato dentro da mesma conta). Passados os três meses, telefonei para a ZON para cancelar o contrato e disseram-me que não podia, que estaria obrigado a mante-lo por 24 meses. Fartei-me de reclamar, falei com uma serie de comerciais, nada... Fui a loja falar com o comercial que me garantiu que podia faze-lo e expliqui-lhe a situação. Ele disse-me que os comerciais estão treinados para criar obstaculos a que os clientes cancelem contratos.. cancelou-me o contrato na hora e eu fui À minha vida.

    Relativamente ao estado e administração pública.. bem, tinha aqui histórias para 15 dias..

    Relativamente ao estado, relato um caso que se passou

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  3. Vivi um problema semelhante, mas com a EDP. Uma empresa tão mal gerida, igualmente, mas que dá milhões de lucro para porem cal-centres a funcionar. Eu ao menos avisei à 3ª que pelo telefone nada mais diria. O advento dos cal-centres desresponsabilizou as empresas grandes que têm ainda menos cuidados na proporção inversa ao dinheiro que ganham.

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  4. Muitos comentários.
    (1) A Rita diz que conhece a pessoa que cometeu esta fraude. Que lhe vai fazer? E como sabe quem ela é?
    (2) Este é o preço da conveniência que há de nós podermos fazer contratos pelo telefone. Eu contratei um serviço com uma empresa de telecomunicações apenas por telefone; eles acreditaram em tudo o que lhes disse ao telefone. O preço disto é poder haver fraudes como esta.
    (3) Se a menina lhe disse que não sabia que você estava nos EUA, não a pode culpabilizar por ela lhe ter telefonado às 11 da manhã.
    (4) Que o ministério das Finanças é cúmplice da NOS, e de tudo quanto é grande empresa em Portugal, já sabíamos: não é esse ministério quem coloca a Autoridade Tributária a perseguir, com a máquina fiscal, quem quer que não pague as portagens nas ex-SCUTs ou não pague os bilhetes nos transportes coletivos?

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    1. Eu dei o contacto da pessoa à NOS, mas parece que não lhes interessa responsabilizar quem é o responsável. Vou fazer queixa dessa pessoa e da NOS à Polícia Judiciária e vou pedir satisfações ao Ministério das Finanças.

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    2. Cara Rita. Sugiro que leia as muitas reclamações contra a NOS presentes no Portal da Queixa ( http://www.portaldaqueixa.com/entidades/nos.html ), em que várias são bastante semelhantes ao seu caso. Faça também uma queixa nesse site para os envergonhar ainda mais. E detalhe o seu caso tanto ao provedor da NOS ( http://provedor.nos.pt/provedoria/ ) como ao provedor da SONAE ( http://www.sonae.com/home/provedoria-sonae.html ). Tenho ouvido que por vezes dá resultado.

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    3. Caro Anónimo, eu irei reclamar, mas eu também gostaria de que Portugal mudasse para melhor e é por isso que partilhei a minha história.

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    4. Tenho serviço Nos e estou muito satisfeito. Claro que o unus é seu, então queria que a nos acredite só porque sim no que diz? Que tem as scut´s a ver com isso, quem paga não tem qualquer problema. Ai deve ser tudo perfeito, aos seus olhos..

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    5. Óptimo, Sr. Relva. Publique o seu nome e o seu número de contribuinte, para que alguém abra uma conta em seu nome, e o Sr. Relva depois descalça a bota com gosto. Nos EUA não é perfeito, mas quando eu contacto uma companhia nos EUA por causa de um problema, sou ajudada.

      Eu contactei a NOS para me ajudar. Não me ajudaram, logo eles são responsáveis perante a lei. Eu não cometi um crime, mas eles auxiliaram alguém a cometer um crime contra mim. O Sr. Relva devia saber isto, dado que essa é a sua área profissional. Talvez se deva demitir porque, claramente, Portugal e os portugueses que pagam impostos não precisam de pessoas com sua falta de moral e ética numa área tão sensível.

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    6. Rita, ainda não viu que esse Relva, pode ser a própria NOS? Que tem vc ou o autor do artigo a ver com a satisfação desse Relva, se o que está em causa, é o caricato e a possibilidade que a lei permite, para lesar um cidadão honesto?

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    7. Eu sei quem ele é, Júlio. Obrigada. Infelizmente, há pessoas que gostam que o sistema continue podre...

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  5. É importante contar histórias como esta. A narração é muitas vezes mil vezes mais reveladora do que estudos com modelos, categorizações e coisas do género. E, de facto, ver as coisas de fora, dos EUA, permite perceber certas aberrações que nós portugueses, vítimas diárias da incompetência e arrogância dos serviços, aceitamos já passivamente. Há em Portugal uma cultura de desresponsabilização, ninguém sabe de nada, ninguém resolve nada, mandam as pessoas de um lado para o outro, e tanto faz ser público como privado,

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  6. Claro que a Rita não deve pagar nada. Mais, até devia, acho eu, ser indemnizada pela maçada que está a sofrer. Seria o preço a pagar pela NOS pela "simplificação" administrativa que adoptaram.
    São casos como este que mostram o caminho que nos falta percorrer para parecermos um país verdadeiramente civilizado.

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    1. Existe uma descrição da lei que lhe assiste e de procedimentos a seguir num comentário n'o Insurgente .

      http://oinsurgente.org/2015/05/14/a-nos-e-uma-fraude/#comment-272809

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  7. Cara Rita,
    Há tempos tive um problema com a NOS se bem que não foi tão grave como o seu. Felizmente depois de muita insistência e tempo perdido consegui resolvê-lo, mas obviamente que ninguém me indemnizou pelas horas de trabalho perdidas pelos "falsos" problemas criados pela NOS à resolução do problema que era inteiramente da culpa deles.

    Se me permite deixo-lhe alguns conselhos. O primeiro dos quais é que a comunicação oral vale de muito pouco. A forma como consegui resolver o meu problema foi através de uma comunicação por escrito que entreguei numa loja NOS e em que eles tiveram de carimbar uma cópia a confirmar a receção naquele dia.

    No seu caso também existe um lei que a protege pois não é obrigada a pagar facturas deste tipo de serviços com mais de 6 meses de atraso. Deixo-lhe uns links que falam sobre esse assunto:
    http://www.deco.proteste.pt/casa/eletricidade-gas/dossie/resolver-problemas-de-faturacao-e-qualidade

    http://www.publico.pt/economia/noticia/deco-alerta-consumidores-para-nao-pagarem-facturas-de-ha-mais-de-seis-meses-1695257

    Por último, queria dizer que este problema não é exclusivo de Portugal pois neste momento estou a tentar resolver um problema com uma empresa americana (mas que presta serviços em Portugal) em que o atendimento ainda é pior do que o da NOS (não respondem a emails, quando respondem vê-se que não tomaram o devido conhecimento do caso ou as respostas que dão não fazem sentido...). Acho que esta estratégia de mau atendimento está a ser utilizada de um forma generalizada pelas grandes empresas pois o consumidor não é suficientemente defendido.

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    1. Rui, muito obrigada pela informação. Nos próximos dias eu vou escrever acerca de alguns problemas parecidos que me aconteceram nos EUA e de como foram resolvidos.

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  8. será que isto ajuda? http://www.publico.pt/economia/noticia/deco-alerta-consumidores-para-nao-pagarem-facturas-de-ha-mais-de-seis-meses-1695257

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  9. faz uma longa exposição onde ataca o estado por ser proprietário dos seus dados pessoais. Não vejo nenhum ataque à pessoa que lhe roubou os dados pessoais, a qual a rita carreira afirma saber quem é.

    É preciso ter lata!

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    1. Não ataca o estado por ser proprietário, mas sim por não saber salvaguardar a informação, e fornecê-la a terceiros.

      A pessoa que roubou os dados pessoais, é a que vem identificada no título do post "sou vítima de uma fraude", portanto, a pessoa que roubou os dados, está mais do que adjectivada.

      Se, no meio de toda esta exposição, a única coisa que te encanita é o facto da Rita criticar o estado por fornecer os seus dados a terceiros (que, já agora, é ilegal - pelo que eu faria uma queixa também na CNDP), estás muito mal, ó Fare,.

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    2. Tem piada, mas eu dei a informação dessa pessoa à NOS, obviamente quero que a pessoa responsável sofra as consequências do que fez. Não sei como é que o Zé infere disto que eu protejo a pessoa que me fez vítima. No entanto, isso não desresponsabiliza a NOS, pois a companhia deveria ter activados mecanismos que minimizassem estes problemas e que, quando identificados, os resolvessem celeremente. Mas não tem e, claramente, aproveita-se de custar um balúrdio levar isto para tribunal e ser mais barato pagar-lhes para nos vermos livres do problema. O sistema precisa de mudar.

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    3. Obrigada por toda a ajuda, Maria João!

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  10. Acho q isso até é um caso de Judiciaria... se ainda por cima sabe quem é q ficou "proprietario" dos dados pessoais...
    Mas isto vai ser o mais comum de acontecer aqui pra frente... Andam todos a dar o contribuinte em todos os sitios... depois nao se admirem de casos similares a estes...

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    1. Pois é, eu estive a tentar apresentar uma queixa ontem, mas a página de Internet da PJ não funcionou. Vou tentar com outro computador para ver se consigo. Obrigada... :-)

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  11. Cara Rita,

    Boa sorte (porque é provável que provavelmente precise). E arranje um advogado.

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  12. Bom dia, gostava de lhe dizer que mesmo com contrato celebrado via telefone o cliente tem que assinar um documento para proceder à ativação do serviço, por isso peça esse documento à NOS e eles que provem que foi a Rita que assinou.
    Espero que ajude.

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    1. Exacto, até pq nestes casos, quando é por telefone, depois na altura em que vai o instalador a casa instalar o serviço, ele leva os papeis para assinar o contracto..

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    2. Obrigada pela dica, Cristiana e Nuno... :-)

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  13. A Nos não pode ter um contrato sem copia do BI, sem copia do Nº de Contribuinte e sem assinatura, se puder provar ( pelo carimbo no passaporte) que estava em USA na altura do tal contrato, um bom advogado deve poder solucionar seu problema, o assunto é tão óbvio que nem devia existir, sorte Rita!

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    1. Caro Anónino,
      Agora os passaportes já nem são carimbados, é tudo digital. Mas, é verdade, o assunto nem devia existir. A NOS devia ter-se interessado por descobrir a verdade e responsabilizar a pessoa que criou o problema. É lamentável que demonstrem tanto desprezo pelas vítimas destes casos.

      Obrigada :-)

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  14. Este caso é um bom exemplo do abuso das empresas de telecomunicações.
    Tive recentemente um caso de alteração de fornecedor e a aldrabice foi enorme. A empresa com a qual estava a terminar contrato fez tudo para que se pagassem mais alguns meses, incluindo dizer que os documentos enviados não estavam legíveis, e acabou por cobrar mais um mês.
    Uma consideração e um conselho.
    Eu acho muito bem que as empresa tentem na sua estratégia comercial simplificar os contratos, fazendo tudo por telefone e simplificando as coisas. Isso tem riscos. Mas como funciona em 99% dos casos, fica mais barato e é melhor comercialmente para estas empresas correr estes riscos. Esse é um aspecto em que este caso é vergonhoso, é que o risco de proceder assim deve ser da empresa, e não de um cidadão exposto a uma fraude. A empresa simplifica, corre riscos de fraudes como esta, e deve assumir as perdas e os custos de ter de provar quem é que beneficiou deste serviço. O ónus da prova não pode aqui ser invertido.
    O conselho é simples: Contactar a Deco, nem sempre resolve tudo, mas esta é uma associação que é muito activa e algumas vezes muito eficaz.

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  15. É interessante verificar como várias pessoas tentam genuinamente ajudar, dando dicas e conselhos. É bom sinal esta solidariedade.

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    1. Sim, Zé Carlos, acho que em Portugal há pessoas muito boas, que genuinamente se preocupam com os outros e tentam ajudar.

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  16. Boa tarde, Rita
    Acabei de ler, sem surpresa, mais uma burla dessa empresa de telecomunicações, a NOS. Também eu fui uma vítima e tive mesmo de pagar o que esses senhores entenderam, sob pena de ver a minha casa penhorada. Não contratei com eles o serviço de telemóvel que diziam ser meu. Escrevi, expliquei e pedi a ajuda da Deco-Proteste, sem sucesso. Paguei, revoltada, para continuar a viver em paz. A única coisa que podemos fazer é alertarmos e desistirmos dos serviços da NOS. Eu e milhares de portugueses já o fizemos. Abandonámos a NOS. Entendo perfeitamente o que está a sentir, e desejo-lhe mais sorte do que eu tive.

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  17. isto e um pais de gatunos

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  18. Há ainda uma situação que é no mínimo curiosa: se a 1ª factura não é paga, porque razão a NOS não corta o sinal antes de emitir a 2ª factura? ....

    Sobre o direito de exigir o pagamento, penso que é legítimo uma vez que foi facturado. Julgo que o que a lei não permite é facturar serviços prestados há mais de 6 meses.

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  19. Peça reconhecimento de voz.
    Fica logo tudo esclarecido.

    Atenção: não sou advogado, e não sei qual a lei que assiste nesta minha sugestão. Mas se há gravação, então que provem por reconhecimento de voz que é a pessoa em causa.

    Fica a sugestão.

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  20. Cara Rita, eu começaria por fazer uma queixa na policia contra a empresa e contra a pessoa que usurpou a sua identidade. Existem aqui vários crimes cometidos. De seguida iria á NOS fazer uma reclamação no Livro de Reclamações do seu caso, levava previamente já os factos escritos para facilitar a participação. Por fim, arranjaria um om Advogado para lhe suspender a penhora e lhe patrocinar várias acções contra o usurpador e a empresa de comunicações, para obter uma indemnização cível pelo que lhe sucedeu. Vai dar trabalho e algum tempo, mas se tudo for bem feito, certamente saírá vitoriosa desta situação.

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    1. Pedro, muito obrigado pelo comentário. Entretanto, pode ver os novos desenvolvimentos aqui: http://destrezadasduvidas.blogspot.pt/2015/05/a-rita-do-texas-para-o-dncom-o.html

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  21. Faça-se sócia da Deco Proteste e peça-lhe ajuda.

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  22. Olá Rita.
    Estou a passar uma situação semelhante a tua e preciso de ajuda. Nao sei o que fazer. Estou desesperada.
    Recebi uma carta em cada da NOS a dizer que tinha de pagar quase 2000€ euros por um serviço adquirido numa residência em Lisboa. Acontece que moro e sempre morei no Porto.
    Ja me penhoraram o IRS que ia receber este ano (nao é muito mas ja servia para comprar os livros dos miudos para a escola) e agora ja recebi uma carta na empresa onde trabalho a dizer que me penhoram o salário. Acontece que aqui em casa so eu trabalho para sustentar a casa, pagar as contas e sustentar 3 crianças menores. Ja falei com um advogado e ele diz para pagar a divida e depois apresentar queixa crime contra a empresa NOS mas que provavelmente nao vejo o dinheiro de volta.
    Também ja fui a sede da Nos aqui no porto e nada fizeram. Sao cerca de 2000€ , nao é brincadeira nenhuma. E eu nao tenho este dinheiro.
    A vida nao esta fácil e ainda existem estes burlões a querer destabilizar a paz e as economias da gente.
    Peço POR FAVOR, alguém que me possa ajudar porque ja me penhoraram o salário e ainda tenho de pagar uma divida por um serviço que nao adquiri.
    Deixo o meu e-mail para poderem entrar em contacto comigo caso me possam ajudar. filipaazevedo.web@sapo.pt
    Aguardo uma resposta.
    Cumprimentos
    Filipa Azevedo

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