quarta-feira, 2 de maio de 2012

Pergunta

Facto: os economistas são pessoas egoístas e más que desejam o mal para os outros.
Explicações possíveis:
  1. As pessoas egoístas e más escolhem tirar cursos de economia.
  2. É o curso de economia que torna as pessoas más e egoístas
Pergunta: qual das explicações é a correcta.
A resposta virá logo que tenha tempo para me coçar.

Adenda: A Priscila oferece uma primeira resposta.

15 comentários:

  1. "os economistas são pessoas egoístas e más que desejam o mal para os outros"

    Quem é que disse isso?

    O que eu tenho ouvido dizer é que os empresários portugueses em geral têm menos habilitações que os seus empregados, alguns dos quais tiraram cursos de economis e afins.

    E a pergunta que se coloca é esta: A escola reduz a capacidade de empreender?

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  2. Haveria uma terceira explicação - "As pessoas são egoistas e más e desejam o mal para os outros. Os economistas são pessoas, logo..."

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  3. "E a pergunta que se coloca é esta: A escola reduz a capacidade de empreender?"

    Para falar a verdade, faria um certo sentido - a função de escola, e sobretudo da formação superior, é dar formação numa área especializada, logo preparar as pessoas para serem parte de uma equipa em vez de ser alguém que trata de tudo (que é o que um empresário, nomeadamente numa pequena e/ou recem-forma empresa, muiotas vezes tem que ser).

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  4. Grande comentário. Na realidade essa é uma questão bastante antiga. Shumpeter já revelava toda a sua modéstia quando afirmava ser o melhor cavaleiro do Viena, melhor amante da Áustria, e melhor economista do mundo.

    Sobre a explicação deste facto, Mankiw aparentemente defende a segunda (parece que até há um estudo sobre isso http://gregmankiw.blogspot.com/2007/08/sociology-of-economics.html).

    Para mim já me parece que será uma combinação de ambos, embora eu qualificaria com precisão o que é que entende por "curso de economia".

    E agora bom dia, tenho muito que fazer - está me a dar aqui uma comichão nas costas!

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  5. Acerca dos três pontos referidos no post do Mankiw:

    1 - Uma hipotese é que, em Economia, é mais fácil provar que uma teoria é errada do que nas outras ciências sociais, pelo que é mais conduciva a uma abordagem a dizer "não concordo, porque..." em vez de perder tempo a tentar manipular psicologicamente o interlucutor.

    2 - Provavelmente porque são os mais bem equipados tecnicamente para discutir com os estatísticos

    3 - Aqui nem percebo muito bem o que o correspondente do Mankiew quer dizer com isso

    Acerca dos tipos de personalidade e do modelo Myers-Briggs - embora o tal estudo diga a personalidade que melhor aprende macro-economia seja o ISTJ, eu diria que (nesse esquema classificatório) eu sou quase o estéreotipo encarnado do INTP (talvez seja por isso que a minha média de curso foi relativamente baixa...); mas como noutra página no mesmo site a que o Mankiw linka também diz, a respeito dos INTPs, "they are not naturally tuned into others' emotional feelings and needs", não muda muito.

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  6. Ora bem,

    Temos que encontrar focos de egoísmo e maldade que se relacionem com a escolha de curso e não com o perfil psicológico do adolescente; ou então, traumas e cenas lixadas que façam do adolescente um psicopata ainda antes de este se meter no curso de economia.

    Por exemplo, o Prof. Aníbal Cavaco Silva (ACS) , indivíduo profundamente mesquinho e revanchista (vide segundo discurso de tomada de posse), seria já egoísta e mau antes de se meter no ISCEF? Há dois anos, M. Filomena Mónica publicou documentos que retratam o seu perfil profundamente tacanho ainda antes de ingressar no ISCEF. Mas daí a concluír que tamanha vileza existia já antes do curso vai longa distância... No entanto, o caso do paciente identificado ACS sugere uma terceira hipótese: será que tacanhez e economia se potenciam mutuamente, levando a uma espiral de degenerescência de carácter e perfídia? Parece plausível, mas confesso que não sei. Cedamos pois a palavra aos cientistas sociais para que se faça luz sobre este tema da actualidade bio-psico-socioeconomica do nosso país.

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  7. É pá, deixo aqui duas balelas, vou almoçar e logo tenho 6 comentários. Deixem responder de forma seca, porque, de facto, não tenho tempo agora. Mas prometo um novo post sério sobre o assunto:
    ~1. Rui Fonseca, é um estereótipo típico, este a respeito dos economistas serem um pouco mais egoístas que os restantes, penso eu.
    ~2. Miguel, olha lá, quando eu digo que os economistas são egoístas e maus e que tal necessita de explicação está mais do que implícito que eu estou a querer dizer que são piores do que a média observada nas outras profissões.
    ~4. Em primeiro, obrigado pelo link. Cita lá um paper, que ainda não descobri, mas que me parece particularmente útil para o que vou estudar nos próximos tempos. Em segundo, parece-me que o Mankiw defende a primeira alternativa, e não a segunda.
    ~6. obrigado pelo seu comentário.

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    Respostas
    1. Os economistas têm um jargão maçónico2 de maio de 2012 às 19:12

      O templo está seguro da curiosidade dos profanos?
      Cita lá um paper....
      vou estudar nos próximos tempos
      Em segundo, parece-me que o Mankiw defende a primeira alternativa, e não a segunda.
      Em segundo acho que a primeira e não a segunda
      E por ser a economia o mal
      As bolsas continuam isentas de IRS...as vidas nem por isso

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  8. Miguel, esse não parece ter nada a ver! Mas já o encontrei, obrigado.

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  9. Claro Luís queria também dizer a primeira opção... engano meu, peço desculpa aos leitores.

    Agora pensei que o comentário fosse apenas brincadeira. Se está a pensar estudar o fenómeno cuidadosamente, então desejo-lhe boa sorte e vá actualizando o seu site pessoal com os resultados.

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  10. A economia é uma religião com muitos deuses e muitos templos.
    Para alguns o templo de um Castro Caldas já velhote é o de um deus morto e maléfico.
    Para outros a economia é o mal absoluto e os seus apóstolos cães danados.
    Pode ser que assis seja pode ser que não.
    é uma questão de fé
    ou de café...

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  11. Filosofia é o curso2 de maio de 2012 às 19:08

    Economia o recurso.
    Não são gente má, são gente pobre e desesperada.
    São os Tomás Taveiras da Arquitectura Económica.

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  12. Porque não adicionar uma terceira possibilidade

    3- O mundo vê os economistas como pessoas egoístas e más , pelo que muitos daqueles que originalmente não o eram acabam por se tornar naquilo que é "esperado" deles.

    Não poderá a 'discriminação' que o resto da sociedade exerce sobre os economistas ser em parte responsável pelas características que alguns deles acabam por adquirir .....

    Isto um pouco há semelhança daquilo que o Prof. José Carlos Alexandre escreveu no post

    "O perigo das teorias raciais"

    "São as teorias raciais que criam e, pior ainda, institucionalizam as desigualdades e não as supostas diferenças genéticas entre raças. Trata-se essencialmente de uma questão cultural ou civilizacional e não de um problema de genes. "

    " as teorias raciais não nos levam a lado nenhum. Ou melhor, como demonstra sobejamente a história, levam à discriminação, segregação, expulsão "

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